Saúde

Saúde do homem: como exercícios físicos são aliados na manutenção da saúde e na prevenção de doenças como o câncer de próstata

 

Em todo o mundo, o mês de novembro é dedicado à conscientização sobre a saúde masculina, com ênfase especial na prevenção do câncer de próstata.

O movimento “Novembro Azul” visa alertar os homens sobre a importância de cuidar de sua saúde e buscar exames preventivos, promovendo uma vida mais saudável.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, os homens vivem em média sete anos a menos que as mulheres, sendo a falta de procura por exames periódicos um dos principais fatores que levam a não detecção precoce de doenças.

Na prevenção do câncer de próstata, por exemplo, é fundamental que os homens estejam cientes da importância de exames preventivos, como o toque retal e o exame de sangue PSA. A detecção precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido.

Além disso, estudos científicos têm consistentemente demonstrado que a atividade física regular está associada a uma redução significativa no risco de desenvolver câncer de próstata e diversas outras doenças. A prática de exercícios contribui para a melhoria da saúde geral, fortalecendo o sistema imunológico, controlando o peso e promovendo o bem-estar mental.

André Frederico, médico urologista, destaca a importância de adotar um estilo de vida ativo. “Quando a gente fala de hábitos de vida, temos a importância da prática da atividade física.

Existem estudos, sobretudo, que mostram que pessoas, homens no caso, que têm uma alta carga de exercícios físicos semanais, estão associados a uma menor prevalência de câncer de próstata e quando presente nessas pessoas o câncer de próstata, tendem a ser cânceres menos agressivos. Hábitos de vida com dietas com baixo índice de gordura, com baixo índice de carne vermelha, ou seja, com aporte calórico menor, também estão associados a uma baixa incidência do câncer de próstata”, revela.

Anderson Camilo, 29, estagiário na Bodytech Tirol, descobriu um câncer durante a pandemia, em 2020. Com desconforto em um dos testículos, começou a se autoexaminar. “Senti um caroço muito pequeno. A partir daí comecei a saga de consultas com urologista, exames, até chegar na cirurgia, fui diagnosticado com um seminoma. O tratamento de quimioterapia durou cerca de três meses, durante o tratamento tive uma grande perda de peso, chegando aos 16 quilos perdidos, e desses quilos, grande parte foi de massa muscular. Essa perda de massa muscular é um efeito esperado da quimioterapia”, explica Camilo.

Com a perda de massa muscular, Anderson já sabia que precisava voltar à musculação, embora que durante o tratamento não pudesse devido às reações da quimioterapia que o deixaram indisposto e com baixa imunidade. “Além disso tudo, como ainda estava no período do auge da pandemia, eu tinha que redobrar os cuidados, então quando estava me sentindo bem, sempre fazia pelo menos uma caminhada nos espaços do sítio dos meus pais, onde fiquei durante o tratamento”, conta.

“Antes do tratamento eu vinha na minha melhor forma física e melhor rotina de treinos. Acredito que esse fator foi muito importante para que a fadiga não fosse tão intensa, e também, como eu estava com uma composição corporal boa, fez com que a perda de peso não me causasse mais prejuízos. Além disso, eu tinha um bom condicionamento cardiorrespiratório, que também me favoreceu durante o tratamento”, aponta consciente.

Segundo o profissional de educação física e professor na Bodytech Tirol, Matheus Peixoto, 27, o exercício físico é benéfico para prevenir casos do desenvolvimento da doença. “O simples ato de caminhar uma ou três horas por semana reduz em 86% o risco de câncer de próstata agressivo e três ou mais horas de exercício vigoroso reduz em 61% o risco de mortalidade. Além disso, melhora a fadiga e ansiedade, autoestima, saúde do coração e mantém a densidade mineral óssea.”, explica o profissional.

Peixoto também indica exercícios específicos para melhorar outros problemas que são comuns à saúde masculina: “Exercícios como caminhar, andar de bicicleta, corridas e esportes em geral são ótimos para o assoalho pélvico, para tratar disfunção erétil e incontinência urinária. Além disso, a musculação pode contribuir no fortalecimento da musculatura, o que é essencial para ter um corpo com maior resistência”, finaliza.

Saúde

Tomar 2 xícaras de café por dia aumenta tempo de sobrevida de homens com câncer de próstata

 

O consumo de duas xícaras de café por dia pode aumentar a sobrevida de homens diagnosticados com câncer de próstata, mostra estudo elaborado pela Universidade do Texas, em Houston, nos Estados Unidos. Os resultados foram publicados na revista científica European Urology Oncology.

Apesar de ainda estar nas fases iniciais, o estudo encontrou uma associação entre um genótipo (CYP1A2 AA) que metaboliza a cafeína rapidamente e uma sobrevida mais longa ao câncer de próstata.

“Precisamos olhar mais para como o café pode estar impactando a vida das pessoas, especialmente aquelas que são diagnosticadas com câncer”, explicou Justin Gregg, principal autor do estudo.

O cientista disse ter ficado ainda mais intrigado com outro estudo, que analisou diferentes genótipos e a velocidade com que metabolizam a cafeína. Esta nova pesquisa incluiu dados para casos de câncer de próstata de trabalhos que estavam no Practical Consortium, da Associação de Câncer de Próstata para Investigar Alterações Associadas ao Câncer no Genoma. A pesquisa incluiu mais de 5,7 mil casos observados em sete estudos.
Os voluntários incluíram aqueles em vigilância ativa, em que os pacientes não tratam o câncer, apenas observam sua evolução; aqueles que foram tratados para o câncer de próstata; e alguns pacientes que tinham metástase.

Os pesquisadores compararam os níveis de consumo de café. Eles consideraram de alta ingestão aqueles que ingeriram duas ou mais xícaras de café por dia. Os de baixa ingestão, por sua vez, eram aqueles que bebiam três ou mais xícaras por semana.

A alta ingestão de café foi associada a uma maior sobrevida específica do câncer de próstata em homens que tinham o genótipo CYP1A2 AA.

Deu na Revista Oeste

Saúde

Câncer de próstata: composto de Ferro pode matar células resistentes

Imagem de capa para Câncer de próstata: composto de Ferro pode matar células resistentes
O Dr. Chunhong Yan, está usando um processo chamado ferroptose para matar células de câncer de próstata resistentes – Foto: SWNS

 

Cientistas dos Estados Unidos estão usando grandes quantidades de Ferro para combater o câncer de próstata resistente a medicamentos comuns.

No estudo, a equipe de cientistas da Faculdade de Medicina da Geórgia, EUA, liderada pelo Dr. Chunhong Yan, está usando um processo chamado ferroptose – palavra derivada de ferro + optose, que é a morte celular – para criar um novo tratamento.

“Quando a célula absorve ferro, ela passa por diferentes processos, que geram uma grande quantidade de ROS”, disse o Dr. Yan. “O que estamos tentando fazer é aproveitar esse efeito colateral para tratar o câncer de próstata”, explicou.

 

Como age

O Ferro – elemento químico importante para os glóbulos vermelhos que transportam oxigênio pelo corpo – produz muitos radicais livres tóxicos, ou espécies reativas de oxigênio (ROS) que danificam o componente gorduroso da membrana celular.

Os lipídios, ou gorduras, são importantes para o armazenamento de energia e para a sinalização celular interna.

Os radicais livres fazem com que eles percam sua flexibilidade e eficiência até que a célula morra, embora o motivo exato não seja claro.

As células do câncer de próstata são excepcionalmente resistentes a essa destruição porque seus lipídios já estão alterados para ter a energia necessária para crescer e se espalhar.

Mas a equipe do Dr. Yan encontrou um gene chamado ATF3 que pode diminuir o limiar de estresse das células do câncer de próstata e torná-las mais vulneráveis ​​a um novo composto de ferro chamado JKE-1674, que induz a ferroptose.

 

Combinação poderosa

Trabalhando em um prêmio de desenvolvimento de ideias de US$ 1,1 milhão do Departamento de Defesa dos EUA, a equipe também descobriu que a combinação de um medicamento quimioterápico com um dos mecanismos naturais do corpo também pode ajudar a matar células cancerígenas da próstata.

A droga se chama bortezomibe e ajuda a ativar o gene ATF3, enquanto o composto JKE-1674 inibe um processo chamado glutationa peroxidase 4, que separa ferro e radicais livres e permite que as células se reparem.

Dr. Yan disse que os ensaios clínicos mostraram que o bortezomibe não é muito eficaz no tratamento do câncer de próstata por conta própria, mas que quando combinado com o JKE-1674 se torna uma arma poderosa.

 

Os testes

Os próximos passos são realizar experimentos em camundongos e ver se o câncer de próstata avançado pode ser neutralizado usando ferroptose.

Os cientistas têm um camundongo geneticamente modificado que produz mais ATF3 e eles querem ver se isso torna as células do câncer de próstata mais vulneráveis ​​à ferroptose também.

Dr. Yan quer agora desenvolver uma terapia que possa progredir rapidamente do laboratório para um ensaio clínico e ajudar a combater o que é uma das formas mais comuns de câncer em homens em todo o mundo.

Informações do GNN

 

Saúde

Descoberta nos EUA proteína que impede evolução do Câncer de Próstata

Os cientistas descobriram que o câncer de próstata desenvolve maneiras de desligar a molécula de RNA para permitir seu crescimento - Foto: Anastase Maragos / Unsplash

 

Cientistas dos Estados Unidos descobriram uma proteína capaz de impedir a evolução do câncer de próstata. Olha que notícia boa em pleno Novembro Azul, campanha abraçada este ano pelo Só Notícia Boa para estimular homens a procurarem o médico urologista e fazerem o exame de prevenção.

O novo estudo foi feito na Escola de Medicina da Universidade de Washington e identificou uma molécula de RNA que não deixa os tumores do câncer de próstata crescerem.

Os cientistas descobriram que o câncer de próstata desenvolve maneiras de desligar essa molécula, a proteína de RNA, para permitir seu crescimento. O novo tratamento restaura o RNA e abre caminho para novos tratamentos.

O estudo foi publicado na Cancer Research, da American Association for Cancer Research, na última sexta, 5.

 

Como

A proteína chave que impulsiona o crescimento do tumor da próstata, o receptor de andrógeno, se liga à testosterona e estimula o crescimento do câncer.

Estudando o trecho de DNA que codifica o receptor de andrógeno, os pesquisadores descobriram que uma seção da molécula de DNA próxima ao receptor de andrógeno produzia uma molécula chamada RNA longo não codificador.

Cerca de um em cada oito homens terá câncer de próstata – o que o torna o câncer masculino mais comum. A doença afeta principalmente pessoas com mais de 50 anos.

 

Resistência a terapias

Quando os cientistas implantaram em ratos amostras de tumor de próstata humano, o novo tratamento restaurou o chamado RNA longo, que se mostrou eficiente para aqueles que tem resistência às terapias hormonais.

“As drogas que temos para tratar o câncer de próstata são eficazes inicialmente, mas a maioria dos pacientes começa a desenvolver resistência e as drogas geralmente param de funcionar depois de um ou dois anos”, disse o autor sênior Nupam P. Mahajan, PhD, professor de cirurgia.

“Nesse ponto, as opções disponíveis para esses pacientes são muito limitadas. Estamos interessados ​​em desenvolver novas terapias para pacientes que desenvolveram resistência – e acreditamos que a molécula de RNA que identificamos pode levar a uma abordagem eficaz ”.

 

Supressor do tumor

Eles descobriram que este longo RNA não codificador desempenha um papel fundamental na regulação do receptor de andrógeno e vice-versa.

“No câncer de próstata, o receptor de andrógeno é muito inteligente”, disse Mahajan, que também é pesquisador do Siteman Cancer Center do Barnes-Jewish Hospital e da Washington University School of Medicine.

“Nossa pesquisa mostra que ele suprime seu próprio supressor; essencialmente, ele se liga ao NXTAR e o desliga.

Isso significa que, em todas as amostras de câncer de próstata que estudamos, raramente encontramos NXTAR, porque ele é suprimido pela forte presença do receptor de andrógeno nesses tipos de tumores.

Nós descobrimos o NXTAR usando uma droga que meu laboratório desenvolveu que suprime o receptor de andrógeno. Quando o receptor de andrógeno é suprimido, o NXTAR começa a aparecer. Quando vimos isso, suspeitamos que tínhamos descoberto um supressor de tumor. ” (foto abaixo)

A droga, chamada (R) -9b, foi desenvolvida para atacar um aspecto diferente da biologia do câncer de próstata, em vez de apenas bloquear sua capacidade de se ligar à testosterona ou reduzir os níveis gerais de testosterona no corpo, como drogas atualmente aprovadas sim.

 

Tumores reduziram

Os pesquisadores mostraram que a restauração da expressão do NXTAR causou o encolhimento dos tumores. Eles também mostraram que não precisavam de todo o RNA não codificador longo para atingir esse efeito.

Uma pequena seção-chave da molécula NXTAR é suficiente para desligar o receptor de andrógeno.

“Esperamos desenvolver este medicamento (R) -9b e o NXTAR em novas terapias para pacientes com câncer de próstata que desenvolveram resistência aos tratamentos de linha de frente”, disse Mahajan.

“Uma estratégia possível é encapsular a droga de molécula pequena e a peça-chave do NXTAR em nanopartículas, talvez na mesma nanopartícula, e desligar o receptor de andrógeno de duas maneiras diferentes”.

 

Patente à vista

O inibidor (R) -9b foi licenciado para uma empresa iniciante de biotecnologia chamada TechnoGenesys.

Mahajan e o co-autor Kiran Mahajan são co-fundadores dessa empresa e já solicitaram a patente.

Vem conhecer mais sobre a Campanha do Novembro Azul que o SóNotíciaBoa apoia e divulga.

 

Com informações da GNN