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‘Tenho juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas’, diz dono do Botafogo

 

Dono da SAF do Botafogo, o empresário John Textor subiu o tom de suas acusações contra a arbitragem brasileira, cuja idoneidade tem colocado em xeque desde o segundo turno do Brasileirão do ano passado. Os ataques começaram quando seu time atravessou uma sequência de fracassos que o levou a perder o título após liderar o campeonato com ampla margem.

Em entrevista ao GLOBO depois da vitória sobre o Bragantino, pela Libertadores, na madrugada desta quinta-feira, o americano disse que possui gravações que mostrariam árbitros reclamando do não pagamento de propinas que haviam sido acordadas. E prometeu que, “nos próximos 30 dias”, os torcedores saberão “o que realmente aconteceu no campeonato”.

“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo. Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”, declarou Textor em entrevista gravada ainda no Nilton Santos.

Fonte: O Globo

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Profissionalização é apontada como solução para a crise na arbitragem brasileira

 

A arbitragem brasileira passa por um momento de crise. Árbitros estão sendo afastados após erros crassos, dirigentes esbravejam em coletivas e o alto-comando da CBF tenta se explicar.

A frase acima é atemporal, mas representa bem as últimas semanas no futebol do país. As discussões sobre apito tomaram conta das pautas dos programas esportivos e nas mesas de bar pelo país.

Sálvio Spinola e Renato Marsiglia, ex-árbitros que acompanham de perto as questões que envolvem as suas antigas ocupações, concordam que a arbitragem brasileira vive um momento de crise.

“O momento é crítico por conta do investimento pesado que a CBF fala que faz na arbitragem. A estrutura da arbitragem brasileira, hoje, é muito pesada: são 11 instrutores, com uma estrutura bem recheada, com muito treinamento, investimento e capacitação dos árbitros. Erros de arbitragem há no mundo inteiro, até em Copa do Mundo. A relação investimento e o momento de crise é desproporcional”, opina Sálvio, que se aposentou em 2011, após 15 anos de atuação também como árbitro da Fifa.

Marsiglia, que apitou a Copa do Mundo de 1994 e foi comentarista de arbitragem da RecordTV no Paulistão, concorda que o momento dos árbitros não é bom, mas acredita que falta uma blindagem por parte da CBF.

“Quando acontece uma sucessão de erros, as reclamações aumentam, e evidentemente não tem como não influenciar no rendimento do árbitro dentro de campo. Ele é humano, ouve rádio, lê jornal, sofre pressões, principalmente dos clubes que estão disputando títulos e vagas de Libertadores”, comenta.

Apesar das críticas, a CBF, representada pelo presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, defende a atuação do quadro e pede ao público que “enxergue o copo meio cheio”.

Segundo avaliação da entidade, nas 140 partidas da série A do Campeonato Brasileiro, houve sete erros graves da equipe de arbitragem.

Em uma tentativa de justificar erros que envolvem a arbitragem brasileira, a CBF criou o “Papo de Arbitragem”, em que Seneme comenta alguns lances capitais do futebol brasileiro.

Sálvio defende a ideia de que haja uma “posição didática” da entidade, mas ressalta que os comentários expõem a figura do árbitro ainda mais.

“Eu acho necessário, mas acho que não pode ter exagero. Entendo que esse modelo implantado atualmente pela CBF tem um exagero. É um show business, que tem colocado a arbitragem muito mais em exposição. Isso é desnecessário. Acho melhor o modelo mais didático, mais instrutivo do que esse modelo.”

“Reciclagem” proposta pela CBF ajuda?

Após um árbitro do quadro da CBF cometer um erro grave em uma partida de futebol, ele é incluído no Pada (Programa de Assistência ao Desenvolvimento da Arbitragem), que, no dialeto popular, é chamado de reciclagem, ou até mesmo de geladeira.

Para árbitros que normalmente apitam jogos da elite do futebol nacional, o retorno é em partidas das séries B e C do Brasileiro.

“Não acho uma medida inteligente simplesmente afastar o árbitro. Se ele ficar de fora da escala por três semanas, vai voltar pior, ele perde ritmo de jogo, igual ao jogador”, opina Marsiglia.

“Não existe treinamento técnico do árbitro que não seja apitando. Então, o coloquem em jogos da Série B, e ele entra nesse processo de capacitação. Nesses jogos, ele vai ganhar menos, vai doer no bolso, e pagar um castigo. Isso vai fazer com que ele fiquei mais focado e procure errar menos”, sugere o ex-árbitro.

Segundo informou o portal R7, um dos árbitros que passaram pelo Pada é Jean Pierre Gonçalves, que apitou Athletico Paranaense e Palmeiras, pelo Brasileirão. Mesmo após a consulta do VAR, ele não expulsou o zagueiro Zé Ivaldo, que deu uma cotovelada em Endrick durante uma disputa dentro da área athleticana.

“Ele [Jean Pierre] sempre teve esse posicionamento equivocado e nunca foi corrigido pela Comissão de Arbitragem. Só foi punido porque o lance teve repercussão por conta da cotovelada. Se não tivesse aquela cotovelada, ele estaria sendo escalado e apitando. A ida para a capacitação é uma resposta política ao clube que reclamou, não para qualificar a arbitragem”, garante Sálvio.

Caminho é a profissionalização

Um fator a ser analisado quando o assunto é arbitragem é que no Brasil os árbitros não são profissionais, não possuem carteira assinada ou contrato de trabalho com a CBF ou federações estaduais.

Ou seja, apesar de trabalhar em arenas de Copa do Mundo e ser responsável por delegar partidas que movimentam bilhões de reais, a equipe de arbitragem inteira não tem nenhuma garantia de renda fixa no futebol.

Na Premier League, considerada por muitos a principal liga de futebol do mundo, os árbitros fazem parte de uma entidade chamada Professional Game Match Officials Limited (PGMOL), grupo afiliado às organizações que regem o futebol inglês.

Entre árbitros e assistentes, mais de 300 profissionais se dividem em jogos da primeira e segunda divisão do futebol inglês. Tratada como profissão, a arbitragem realiza treinos, possui um robusto sistema de análise de desempenho e conta com um salário fixo, além da bonificação por jogo apitado.

Segundo dados obtidos pela Goal, um árbitro no futebol inglês recebe um salário anual entre 38,5 mil libras (R$ 241 mil) e 42 mil libras (R$ 263 mil), de acordo com a sua experiência. Além disso, há um bônus de 1.150 libras (R$ 7.213) por partida trabalhada.

Já no futebol brasileiro não há um valor fixo, e o árbitro só recebe se apitar um jogo. Na Série A, o valor varia entre R$ 4.700 e R$ 6.500 por partida. A remuneração é maior no caso de árbitro do quadro da Fifa.

“No Brasil, o árbitro ganha por jogo, ele depende de uma escala. Se o diretor de árbitros não gosta dele e ele fica um mês sem apitar, não ganha nada. Se ele se lesiona, não recebe. Como fica a família dele? Imagina a cabeça do árbitro, a pressão que sente”, questiona Marsiglia.

Embora algumas pessoas afirmem que a realidade do futebol brasileiro seja infinitamente diferente da observada no inglês e que a profissionalização da arbitragem seja uma utopia no país, o balanço financeiro da CBF mostra que, se há um momento para propor essa discussão, é agora.

Em 2022, a entidade teve um faturamento de R$ 1,2 bilhão, com um lucro de R$ 143 milhões.
Há que pensar que um investimento nas pessoas que regem o espetáculo deve trazer um retorno grande ao futebol brasileiro, elevar o nível do jogo e, com isso, diminuir o número de  polêmicas desnecessárias.

Fonte:R7

Esporte

CBF afasta árbitros do último jogo do Flamengo com o Atlhetico-PR

Foto: Guilherme Artigas

Nesta quinta-feira, 28, a CBF afastou neste fim de tarde, os árbitros Luiz Flávio de Oliveira e Wagner Reway no Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro (PADA), isso faz com que eles fiquem afastados de jogos do Brasileirão e da Copa do Brasil por tempo indeterminado.

Luiz Flávio de Oliveira foi o árbitro principal da partida disputada quarta-feira (27) no Maracanã, entre Flamengo e Atlhetico-PR, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Wagner Reway, por sua vez, comandou o árbitro de vídeo naquela partida. Os dois foram muito criticados por jogadores, dirigentes e torcedores dos dois times após a partida.

As polêmicas recaíram principalmente sobre quatro lances. O Flamengo reclama de um suposto pênalti de Fernandinho sobre Léo Pereira, e da expulsão de David Luiz já no fim da partida. Na súmula, Luiz Flávio justificou o cartão vermelho porque o zagueiro fez “um movimento de tapa no ar com a palma da mão aberta, em minha direção”, além de ofendê-lo.

O Athletico, por sua vez, considera que o juiz da partida foi condescendente em pelo menos outros dois lances. “O quê? Eles (Flamengo) estão reclamando de alguma coisa? Passa o lance do Gabigol chutando o Fernandinho. Passa o lance do Arrascaeta. Vergonhoso! É pra expulsar 30 dias seguidos! Não é um dia, são 30 dias seguidos”, esbravejou o técnico Luiz Felipe Scolari.

“(O Arrascaeta) não quebrou o pé do Erick por milagre. Pelo amor de Deus, não me venha com choradeira. Quem tem que chorar somos nós, que poderíamos ter o jogador por seis meses fora”, sustentou Felipão. “Não procede nada (a reclamação do Flamengo), é gritinho de histeria.”

Confira nota da CBF:
“A Comissão de Arbitragem da CBF informa que o árbitro Luiz Flávio de Oliveira e o VAR Wagner Reway foram incluídos no Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro (PADA). A decisão foi tomada após análise da atuação de ambos durante a partida entre Flamengo e Athletico Paranaense, pela Copa Intelbras do Brasil.

A CBF reitera o compromisso com a modernização e o constante desenvolvimento da arbitragem no futebol brasileiro. Na próxima segunda-feira, a Comissão inicia uma intertemporada que reunirá 95 árbitros das séries A e B do Campeonato Brasileiro.

O treinamento será realizado entre 1º e 5 de agosto, em três sedes diferentes, e contará com trabalhos práticos em simuladores de VAR e em campo de jogo. A partir deste mês, a Comissão também realizará treinamentos práticos presenciais mensais com o quadro.”

Com informações do Estadão

Esporte

Copa do Mundo do Catar terá novo sistema para detalhar lances de impedimento

 

Na manhã desta sexta-feira (01), a Fifa anunciou um novo sistema semiautomático para detalhar lances de impedimento na Copa do Mundo.

O novo sistema tem o objetivo de dar mais agilidade às partidas e diminuir o tempo de checagem do VAR. Por isso, a nova tecnologia contará com 12 câmeras no teto do estádio para seguir a bola e 29 pontos de cada pessoa em campo, 50 vezes por segundo, calculando sua exata posição.

A bola ainda terá um sensor instalado em seu centro para determinar o momento exato em que o autor do passe fez o contato com ela.

Após a confirmação do var, uma imagem em 3D será transmitida nos telões do estádio mostrando a posição exata dos jogadores.

 

 

“Na Copa do Mundo de 2018, a Fifa deu um passo importante ao usar o VAR na maior competição do mundo, e provou ter sido um sucesso. Os impedimentos semiautomáticos são uma evolução do sistema do VAR que foram implantados ao redor do mundo. Essa nova tecnologia é o resultado de três anos dedicados a pesquisas e testes para providenciar o melhor para os times, jogadores e torcedores que foram ao Catar neste ano”, disse o presidente da entidade, Gianni Infantino.

Informações do GE