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STF arquiva inquérito que investigava Aécio Neves por corrupção

 

Nesta quarta-feira (28), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu arquivar um inquérito que mirava o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) por suspeita de corrupção passiva ao receber propina da empreiteira OAS.

O parlamentar era investigado desde 2020, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a partir de uma delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da companhia, que apontou supostos pagamentos feitos ao tucano entre 2010 e 2012.

O STF, porém, decidiu arquivar o caso ao acatar uma questão de ordem levantada pelo ministro Gilmar Mendes, sob a justificativa de que não há indícios mínimos que sustentem a investigação. Concordaram com Gilmar Mendes os ministros André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli, enquanto Edson Fachin se manifestou a favor do envio do inquérito para a Justiça Federal em Minas Gerais.

Em nota, os advogados de Aécio Neves comemoraram a decisão de encerramento da investigação, afirmando que “mais um inquérito contra o deputado foi arquivado, demonstrando, mais uma vez, a covardia e falsidade das acusações feitas contra o parlamentar”.

Deu no Conexão Política

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‘Teatro das tesouras’: A estratégia de Aécio Neves ganha força no cenário político

‘Teatro das tesouras’: A estratégia de Aécio Neves ganha força no cenário político

 

Aécio Neves, uma das figuras de maior prestígio no PSDB, tem planos de reviver o estratagema conhecido como ‘teatro das tesouras’ nas próximas eleições. Esse termo descreve a situação em que membros de um mesmo grupo político se fragmentam em diferentes alas, aparentando representar diversos segmentos eleitorais, embora, na realidade, todos compartilhem os mesmos interesses, sem deixar isso claro para o eleitorado.

A longa rivalidade entre PT e PSDB se tornou um exemplo notório desse ‘teatro das tesouras’. Durante muitas décadas, esses dois partidos se apresentaram como adversários, com figuras proeminentes como Lula, FHC, Dilma e Aécio. No entanto, essa rivalidade superficial permitiu que ambos dominassem a polarização em várias eleições, tanto em nível nacional quanto municipal.

Surpreendentemente, novos atores políticos emergiram no cenário, desafiando essa controversa disputa entre PT e PSDB e se tornando novos concorrentes. Jair Bolsonaro, que teve afiliações recentes com o PSL e o PL, é a figura principal que desestabilizou essa dinâmica.

Com o surgimento do ‘bolsonarismo raiz’, PT e PSDB, que costumavam ser rivais de fachada, mas que compartilhavam objetivos semelhantes nos bastidores, optaram por temporariamente suspender o ‘teatro das tesouras’e, em vez disso, uniram forças na busca pela sobrevivência no poder.

Teatro das tesouras 2.0

Apesar dessa aliança, direta ou indiretamente, o PSDB sofreu perdas significativas em todo o país, perdendo terreno em redutos antes sólidos, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e, especialmente, São Paulo. A guinada do PSDB para uma postura mais à esquerda o deixou em uma posição politicamente frágil e de menor relevância.

Atualmente, sem uma liderança nacional capaz de liderar uma reviravolta estratégica, Aécio Neves está trabalhando nos bastidores para ressuscitar o que muitos veem como uma nova encenação do ‘teatro das tesouras’. O capital político de Aécio sofreu abalos depois das acusações de propina em 2017. A absolvição só veio em 2022. Agora, fundamentado nessa decisão judicial, Aécio deseja direcionar o PSDB em uma direção diferente, criando uma rivalidade com o campo político oposto, que durante muito tempo se concentrou no lulopetismo.

Aécio Neves está ciente de que a paisagem política nacional mudou drasticamente, e ele está determinado a ressurgir como um adversário de Lula e estabelecer um bloco de oposição ao governo federal. Quanto à duração dessa rivalidade aparente, ainda não está claro se será de curto prazo ou se planejam mantê-la em futuras eleições. A derrota de João Doria nas últimas eleições é o incentivo para que Aécio retorne ao cenário político, promovendo a ideia de uma forte coalizão ‘café com leite’, que traria São Paulo e Minas Gerais de volta ao centro do poder político nacional.

Deu no Conexão Política

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Presidente do PDT despeja elogios sobre Aécio Neves e deixa Ciro Gomes em saia justa

 

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, defendeu o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) com unhas e dentes durante a convenção do partido trabalhista em Minas Gerais, realizada no sábado, 30.

O ex-ministro de Lula (Trabalho) é responsável por um acordo para apoiar as candidaturas tucanas de Marcus Pestana, ao governo do Estado, e Aécio, ao Senado.

Desta maneira, Ciro Gomes ganha um palanque em solo mineiro, a despeito de o PSDB já ter sacramentado o apoio a Simone Tebet (MDB) em âmbito nacional.

Satisfeito com a união, Lupi defendeu o parlamentar tucano e, durante a mesma fala, criticou Lula, de quem era próximo até 2018.

“Eu sou amigo pessoal de Aécio Neves há mais de 30 anos. Sempre foi correto com a gente, fomos aliados dele em todas as eleições. Eu não tenho um ex-amigo, e o Aécio foi absolvido pela Justiça. Não é processo cancelado, quem não acredita na minha palavra é leigo. Inocentado. Entrem num negócio chamado ‘Google’ e investiguem isso”, declarou.

Deu na Jovem Pan

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Juiz absolve Aécio Neves da acusação de propina de R$ 2 milhões da J&F

Aécio Neves

 

A Justiça Federal em São Paulo absolveu o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) no processo aberto da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões em propina da J&F.

A decisão do juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, também beneficia a irmã do tucano, Andrea Neves, o primo deles, Frederico Pacheco de Medeiros, e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima.

“A conduta típica descrita na denúncia não existiu no mundo fenomênico. Em outras palavras, está provada a inexistência do crime de corrupção passiva narrado pela PGR”, diz um trecho da decisão.

Em suas alegações finais no mês passado, o Ministério Público Federal (MPF) disse ‘não ter dúvidas’ de que houve corrupção.

Aécio foi denunciado em 2017, quando era senador, pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot, que chegou a pedir sua prisão no processo. As acusações foram apresentadas na época em que o PGR prometeu que ‘enquanto houver bambu, vai ter flecha’, em referência ao trabalho no final do seu mandato como chefe do Ministério Público Federal.

A decisão que recebeu a denúncia e colocou o tucano no banco dos réus foi tomada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2018. O processo desceu para a Justiça Federal de São Paulo depois que ele deixou o cargo de senador – o foro por prerrogativa de função se aplica apenas para crimes cometidos durante o mandato.

Uma das provas apresentadas contra o tucano é a gravação em que ele pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS, sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato. De acordo com a PGR, a irmã de Aécio, Andrea Neves, teria feito o primeiro contato com o empresário e o primo deles, Frederico, teria sido o intermediário do dinheiro

Em depoimento, tanto Joesley Batista quanto Andrea Neves disseram que o pano de fundo das conversas entre eles foi a proposta de venda de um apartamento da família do político no Rio de Janeiro. O juiz concluiu que a negociação foi regular e que não há provas de que o tucano tenha prometido usar o cargo para beneficiar o grupo J&F em troca da transação.

“Cuidando-se de negócio lícito – compra e venda de apartamento – não há que falar em vantagem indevida”, afirmou o magistrado. A decisão diz ainda que há um ‘histórico de negócios lícitos’ entre o empresário e o tucano, incluindo doações de campanha.

A denúncia afirma que Aécio teria agido para liberar créditos de ICMS do grupo JBS e para garantir a nomeação de Aldemir Bendice, por indicação de Joesley Batista, ao cargo de presidente da Vale

“Com relação a tais fatos, repita-se, nunca houve promessa de contrapartida pelo adiantamento/empréstimo feito”, rebateu o juiz.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO AÉCIO NEVES

“A farsa foi desmascarada. Depois de cinco anos de explorações e injustiças, foi demonstrada a fraude montada por membros da PGR e por delatores que colocou em xeque o estado democrático de direito no País. Em depoimento prestado à Justiça de São Paulo, o próprio delator Joesley Batista reconheceu que nunca houve qualquer irregularidade, qualquer pedido de recursos ou qualquer contrapartida na relação mantida com Aécio Neves. A justiça demorou para ser feita, mas se impôs. A lamentar o injusto sofrimento causado a tantas pessoas de bem por tanto tempo.”

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ALBERTO ZACHARIAS TORON, QUE DEFENDE AÉCIO

“Com a sentença absolutória desfez-se uma terrível e inominável armação para obtenção de vantagens numa delação forjada. A justiça prevaleceu!”